Há um novo medicamento para doentes com Parkinson disponível em Portugal
A farmacêutica portuguesa Bial anunciou na passada quarta-feira a disponibilidade no mercado português de um novo medicamento para doentes com Parkinson. Este fármaco atrasa os sintomas da progressão da doença.
Esta doença, a patologia neurodegenerativa mais prevalente a seguir à de Alzheimer, afeta quase 20 mil portugueses e tem tendência a aumentar com o envelhecimento da população.
Em declarações à Lusa, o presidente da Bial, António Portela, explicou que este novo medicamento, cujo princípio activo é a opicapona, “reduz o estado off, que se caracteriza pela lentidão/ limitação dos movimentos”.
Os chamados tempos off são períodos em que o corpo fica rígido e os doentes não se conseguem mexer. O medicamento tem um efeito importante porque reduz em duas horas o tempo off”, sustentou, salientando “a vantagem de ser de toma única diária, o que aumenta a qualidade de vida dos doentes durante o dia, mas também durante o sono.
Conforme informação do Público, o novo medicamento será comercializado com o nome de Ongentys e já está disponível desde 2016 na Alemanha, Inglaterra e Espanha.
Ainda este mês será comercializado em Itália, existindo já acordos com empresas do sector para a sua comercialização nos Estados Unidos da América, Japão, China e Coreia do sul.
Ainda não submetemos o dossier regulamentar em nenhum destes países, estamos a prepará-los, mas eu conto que, nos próximos seis a nove meses, os nossos parceiros, quer no Japão quer nos Estados Unidos, possam estar a submeter o dossier nesses países.
Afirmou António Portela.
O novo medicamento para a doença de Parkinson foi aprovado pela Comissão Europeia em Junho de 2016, tendo sido introduzido em Outubro desse ano na Alemanha e Inglaterra.
Em Portugal o medicamento só é disponibilizado após o processo de negociação estar concluído, o que justifica o atraso de mais de dois anos.
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