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O fim das pastilhas elásticas pode não ser o chão

As pastilhas elásticas podem ter um outro destino que não o chão das ruas do nosso planeta. A designer britânica Anna Bullus encontrou uma forma de reciclá-las e transformá-las em objetos úteis.



Poucos se preocupam em deitar as pastilhas no lixo

Ao olhar para o chão das estações de metro, ou das paragens de autocarros, certamente já reparou numas bolas pretas que parecem fazer parte do chão. Sabe do que se trata? São pastilhas elásticas que foram deitadas para o chão e ali foram ficando.

Mais de 15 mil milhões de euros são gastos todos os anos, por todo o mundo, em muitas pastilhas elásticas que, depois de serem mascadas, são deitadas para o chão e ficam lá agarradas.

As pastilhas elásticas são o segundo tipo de lixo mais comum encontrado nas ruas de todo o mundo, o primeiro lixo mais encontrado são as beatas de cigarros.

Para ter uma ideia, só no Reino Unido, são gastos cerca de 55 milhões de euros em limpeza das ruas para conseguir descolar as pastilhas do chão.

Dai surgiu a ideia de Anna Bullus. A designer quis dar uma nova vida a todo esse desperdício, reciclando-o. Resolveu assim transformar os montes de pastilhas elásticas jogadas fora em objetos.

Uma descoberta interessante

Há cerca de 10 anos atrás, Anna começou a examinar pontas de cigarros e outros materiais tentando descobrir como poderiam ser reciclados. Encontrou um bocado de pastilha elástica e ficou espantada ao chegar à conclusão que não havia nada a fazer com aquilo.

Pesquisando mais aprofundadamente, descobriu que o seu ingrediente principal, a base da pastilha, é geralmente uma borracha sintética, um material semelhante ao plástico.

“É chamado de poliisobutileno, o mesmo que pode encontrar no tubo interno das rodas de bicicleta”

explicou Anna.

Desta forma percebeu que a pastilha elástica, depois de mascada, poderia ser um material versátil e útil.

Mas, como iria convencer as pessoas a dar-lhe as suas pastilhas em vez de as deitarem fora para o chão? Anna criou umas caixas cor de rosa, a que deu o nome de Gumdrop, colocadas à altura do campo de visão, para que as pessoas depositassem aí as suas pastilhas.

As próprias caixas foram feitas de pastilhas elásticas recicladas. Ao lado das caixas colocou uma mensagem a explicar que qualquer pastilha pode ser utilizada para a construção de objetos.

Uma iniciativa com mais-valias

A Universidade de Winchester foi dos primeiros lugares a aderir à iniciativa. Nesse espaço vivem e trabalham cerca de 8.000 pessoas. Outro aderente foi o aeroporto de Heathrow, em Londres.

Ambos os sítios notaram uma grande diferença alguns meses depois de terem aderido à iniciativa. Uma melhoria notável ajudou a poupar um bom dinheiro em limpeza, e ajudou a que mais locais tenham implantado o projeto.

Depois de encontrar parceiros industriais dispostos a colaborar nesta iniciativa, foi pôr mãos à obra. No fim, Anna cria objetos de design.

Assim, a mistura, usando pastilhas já mascadas, é posta numa máquina de moldagem por injeção. É aquecida e depois injetada como uma pasta, que pode ser moldada em vários objetos à medida que arrefece.

O Gumdrop é uma forma criativa e inovadora de incentivar as pessoas a deixarem ali as suas pastilhas. É importante esta mudança de comportamentos, pois esta parece ser a única forma de enfrentar o problema das pastilhas coladas ao chão.

Esperemos que esta ou uma forma semelhante chegue ao nosso país.

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