Chumba-se cada vez menos nas escolas portuguesas
O ano lectivo de 2014/2015 ficou marcado por uma redução generalizada do número de alunos reprovados, em todos os níveis de escolaridade. Pela primeira vez em Portugal, a taxa de retenção global no ensino secundário foi inferior a 20%.
Mas será que estes números revelam que os alunos estão a aprender mais e melhor? O Governo olha para estes números com alguma cautela.
No total, foram menos 37 mil reprovações no ano lectivo de 2014/2015 do que no ano anterior, uma redução que se reflectiu em todos os níveis de escolaridade. A taxa de retenção ficou assim nos 9,7%, o que equivale ao chumbo de quase 115 mil alunos.
Estes dados agora divulgados pelo Ministério da Educação são animadores, mas existem ainda alguns problemas que persistem. Se por um lado, a taxa de retenções no secundário ficou a baixo dos 20%, um valor nunca antes registado, por lado, existem ainda muitas crianças entre os 7 e os 8 anos de idade a reprovar o ano (o equivalente ao 2º ano do 1º ciclo do ensino básico), mais propriamente 9%.
Outro dado a ter em consideração é a elevada taxa de retenção nos 7º e 10º anos, com valores a cima dos 15%, um problema que tende a persistir ao longo dos anos. Os 3º e 4º anos são os que apresentam as taxas mais baixas, 2,25% e 3,9% respectivamente.
O sucesso das políticas de educação e a cautela na análise dos números
O ano lectivo de 2014/2015 foi um ano de grandes mudanças no ensino, sob o comando de Nuno Crato, ex-ministro da educação, que vê estes resultados com satisfação.
“As retenções baixaram em todos os anos de escolaridade e, em alguns casos, atingiram-se os melhores valores de sempre”
“Fico contente por se ter confirmado que é possível ao mesmo tempo ter exigência e ao mesmo tempo ter sucesso. E é esse sucesso que interessa”
referiu o ex-ministro à TSF.
Contudo, João Costa, secretário de Estado da Educação, alerta que estes resultados devem ser analisados com cautela e que devem ser determinados quais serão os percursos educativos mais eficazes:
“Perceber, por exemplo, se em termos de comparação de amostra, uma vez que começou a haver mais alunos a serem encaminhados para outros percursos, se temos um dado verdadeiramente comparável com anos anteriores ou se decorre de algum enviesamento decorre dos percursos alternativos que existem”
Fonte: Renascença
Tanto o Relvas como o sr. Eng.Socas já tinham previsto no tempo que não era necessário fazer exames.
Como é possível isso de “é possível ao mesmo tempo ter exigência e ao mesmo tempo ter sucesso” se eu vejo miúdos a passar de ano E NÃO SABEREM NADA???
não nos atirem areia para o olhos. saiam dos gabinetes e vão às escolas ouvir a opinião dos pais!