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O Sol perdeu todas as suas Manchas

Neste momento, o Sol “está muito perto de ser o objeto ideal, sem qualquer defeito”, como foi concebido antes do século XVII.

Conforme revelaram os investigadores do LRAS, o Laboratório de Astronomia de Raio X do Sol da Academia das Ciências de Rússia, a face visível do Sol apresentou-se esta segunda-feira “sem qualquer mancha solar“. Mas o que se passa com o Sol?


Manchas solares, o que são?

O Sol tem várias manchas, zonas mais escuras que desde sempre fizeram parte desta estrela. Uma mancha solar é uma região onde ocorre uma redução de temperatura e pressão das massas gasosas no Sol, estando intimamente relacionadas com o seu campo magnético, cuja intensidade média é de 1 Gauss, chegando a milhares de Gauss próximo a elas. Quanto maior a sua quantidade, maiores são as alterações na ionosfera terrestre, que têm influência nas comunicações de rádio no planeta Terra.

Estas manchas podem surgir de forma isolada ou agrupadas. Têm associadas a si um campo magnético bem mais intenso no período conhecido como ciclo solar, que tem a duração de 11 anos. Estas manchas solares têm um tamanho diversificado, geralmente maiores que o nosso planeta.

Os astrónomos medem estas áreas em termos de milionésimos da área visível do Sol. Uma mancha é considerada grande quando mede entre 300 e 500 milionésimos do disco solar. A maior já registada foi em 1947, com 6.132 milionésimos – quase 1/7 do disco solar.

 

E agora?

O número de manchas que o Sol apresenta, considerado como a principal característica do nível de atividade solar , está a cair “rapidamente para zero”, conforme deu a conhecer o LRAS. De acordo com os astrónomos, neste momento nenhuma mancha solar é observada na face do Sol visível da Terra.

É difícil dizer se há manchas na face oculta do Sol, mas, de acordo com as fotos de há duas semanas atrás, quando essa face se encontrava de frente para a Terra, não havia também qualquer registo de manchas.

Está muito perto de ser esse o objeto ideal, sem qualquer “defeito”, como foi concebido antes do século XVII.

Referiu em comunicado o laboratório.

A quantidade de manchas solares é o principal parâmetro pelo qual os ciclos solares são medidos pelos astrónomos nos últimos 270 anos. Uma vez em cada 11 anos, o número de manchas atinge o seu ponto máximo, nos momentos em que o campo magnético do Sol atinge a sua intensidade máxima. Entre estes picos, que podem ser mais fracos ou mais fortes, o número de manchas também atinge o seu nível mais baixo, o chamado mínimo solar. Durante 200 anos, a natureza dessas mudanças era compreendida e apenas em meados século XX os cientistas estabeleceram que, após 11 anos, o campo magnético do Sol altera.

 

Qual é o estado atual do Sol?

Segundos os cientistas russos, o Sol, inevitavelmente, chegará agora ao seu próximo mínimo. Este estado deverá ser alcançado entre o final de 2018 e a primeira metade de 2019. Nesta fase, em primeiro lugar, desaparecerão os complexos grupos de manchas e labaredas associadas (o que parece já ter acontecido, de acordo com os astrónomos). Então, na coroa solar as regiões de plasma quente irão desaparecer e a radiação de raio X do Sol cai para quase zero. As restantes manchas solares são muitos simples e, embora seja possível notar essas anchas, elas não são capazes de aquecer o plasma.

Cada mínimo solar é acompanhado pelo medo de que a estrela não saia da recessão da sua atividade, como aconteceu com o chamado mínimo Maunder (coincidiu com um período de temperaturas abaixo da média em toda a Europa), quando praticamente não foram observadas manchas a partir de meados do século XVII até o início do século XVIII. No entanto, desde então, essa situação nunca foi repetida. “A sua evolução continua a ser consistente com o comportamento observado nos ciclos anteriores de 11 anos”, afirmam os cientistas.

Assim, o Sol continuará a aquecer a Terra, apenas diminuirá a radiação eletromagnética e veremos um Sol “limpo” dos pontos escuros… pelo me nos até começar o novo ciclo de 11 anos.

Arquivado na categoria: Curiosidades


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