Infarmed divulga queda de consumo de antibióticos
De acordo com o Infarmed, nos primeiros quatro meses deste ano foram consumidos menos antibióticos em comparação com igual período do ano passado. Os números apontam para uma diferença de 143.663 embalagens a menos.
Por ano morrem 25 mil pessoas por resistência a antibiótico
São excelentes notícias, ainda mais sabendo nós que no nosso país a automedicação e o consumo de medicamentos, nomeadamente antibióticos, é excessivo. A Comissão Europeia elaborou um plano que tem como finalidade combater a resistência aos antibióticos, e vai investir na inovação e investigação contra a resistência aos antibióticos.
Pode parecer absurdo mas, por ano, morrem cerca de 25 mil pessoas por resistência a antibióticos, o que custa 1,5 mil milhões de euros. No mesmo sentido, Bruxelas ditou regras para que haja um uso mais adequado e cauteloso de antibióticos. Se há países onde as unidoses servem para controlar se os doentes tomam os seus medicamentos e o próprio médico tem controlo sobre quanto tempo dura a quantidade de comprimidos que o paciente tem, Portugal não é certamente um desses países. E continua ainda a haver farmácias que, apesar de sujeitas a multas, dispensam antibióticos sem prescrição médica.
Pessoas mais atentas à saúde
Todos os anos são publicados anúncios a alertar para as pessoas não tomarem antibióticos sem prescrição médica. A constipação, por exemplo, é uma das alturas em que as pessoas mais procuram os antibióticos erradamente pois a constipação é causada por um vírus e não se trata com antibiótico.
A menor prescrição de antibióticos pode ter tido a ver com o fato das pessoas andarem mais preocupadas com a saúde, terem mais atenção ao que comem, com a procura da pratica de exercício físico. Outro fator que pode ser relevante é o fato do inverno não ter sido rigoroso o que pode ter levado a que as pessoas tenham tido menos infeções respiratórias e outras doenças associadas.
Prescrições médicas mais apertadas
Por outro lado, as prescrições médicas estão mais apertadas e os próprios médicos começam a ser regulados no sentido de não poderem passar quantidades de medicamentos que o utente não necessita. No mesmo sentido, de não haver consumo em excesso, o Observatório Português dos Sistemas de Saúde, anunciou querer medidas concretas para reduzir o consumo de antibióticos, tendo o médico, por vezes, ter de identificar a causa da infeção para poder prescrever antibiótico.
Segundo dados de Bruxelas, a média de prescrição de antibióticos na EU é de 25 doses por mil habitantes por dia. Aparentemente Portugal não é dos países onde há mais prescrição, alcançando o valor de 20 doses. A Grécia é o país record em prescrições com quase 45 e a Holanda onde são menos prescritos com apenas 10,6 doses diárias por mil habitantes.
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