Descobertas mais curiosidades sobre a vida dos pinguins
Os pinguins são um tipo de ave que sempre suscitou muita curiosidade no universo dos cientistas. Com corpos que se movem com agilidade na água, mas de forma desajeitada em terra, os pinguins foram observados por um grupo de cientistas que, finalmente conseguiu captar imagens do seu quotidiano que levaram a entender melhor certos comportamentos.
Câmaras acompanharam a vida quotidiana dos pinguins
Os pinguins-gentoo foram a espécie escolhida por este grupo de cientistas. Estes pinguins são facilmente reconhecidos pela mancha branca que apresentam na cabeça e pelo seu bico laranja forte. É o terceiro maior pinguim medindo entre 75 a 90cm, a seguir ao pinguim imperador e ao pinguim rei. Os machos desta espécie chegam a pesar 8,5 kg e as fêmeas 7,5 kg . Alimentam-se de crustáceos como kriil, lulas e algum peixe.
No Oceano Antártico, onde vive esta espécie de pinguim, foi possível acompanhar o quotidiano de 26 destas aves, através de câmaras colocadas nas suas cabeças.
Até então pensava-se que a comunicação verbal feita pelos pinguins-gentoo tinha a ver exclusivamente com a captura da sua alimentação mas, através dos vídeos captados, os cientistas chegaram à conclusão que a comunicação feita entre eles corresponde primeiramente à forma como se organizam em grupos.
Sons que levam a determinados comportamentos
Nas águas geladas da região antártica, estas aves marinhas, após emitirem sons que variam em comprimento e frequência, fazem mergulhos mais curtos, pouco profundos e nadam para outras áreas onde se organizam em grupos.
Para os observadores estes comportamentos podem ter várias funções, troca de informação; formar grupos e coordenar movimentos. Segundo Won Young Lee, do Korea Polar Research Institute, “os pinguins passam muito tempo no oceano, mas a forma como comunicam no mar é mal compreendida. O que nos surpreendeu foi que estes animais parecem emitir sons para atrair outros pinguins”
Dúvidas ainda existem
Os pinguins-gentoo, procuram alimento em grupo mas nessa altura não foi captado qualquer som entre eles. Ao existir comunicação sonora entre eles houve alteração nos mergulhos que fazem. Por isso tudo indica que se possam tratar de chamadas vocais para formar grupos ou até ajudarem-se uns aos outros.
Ao analisar os vídeos captados, a equipa constatou que, os mergulhos mais curtos podem ter a ver com o dispêndio de energia que os pinguins-gentoo fazem nas suas vocalizações, levando a que fiquem com níveis de oxigénio mais baixos.
É ainda possível que hajam outros mecanismos envolvidos na forma como estas aves marinhas comunicam. Ainda não é bem entendido a forma como estas são capazes de reconhecer as chamadas feitas no oceano, e quais são todas as suas finalidades.
O universo animal é curioso e está em constante adaptação ao mundo que o rodeia.
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