Astrofísico de Harvard diz que espaço exterior está mais perto do que imaginamos | Pplware Kids

Astrofísico de Harvard diz que espaço exterior está mais perto do que imaginamos

Alguma vez ouviu falar da Linha de Karman?

Esta linha é uma fronteira invisível que divide a atmosfera da Terra e o espaço. Teoricamente, está situada a uma altitude de 100 km e representa o ponto em que a aeronáutica termina e a astronáutica impera. Contudo, têm havido inúmeros debates sobre a definição da linha.


De acordo com uma nova pesquisa realizada por Jonathan C. McDowell, astrofísico do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, a fronteira está a cerca de 20 km da Terra, ou até mais próxima. Esta teoria é baseada nas trajetórias orbitais e suborbitais dos satélites.

Quando uma aeronave voa para a atmosfera, os gases vão ficando cada vez mais finos, proporcionando menos sustentação. De modo a manter-se no ar, a aeronave precisa de atingir velocidades cada vez mais elevadas. Desta forma, vai, eventualmente, atingir um ponto em que a velocidade necessária para manter a aeronave no ar é a mesma que para orbitar a Terra. A altura a que o avião atinge a chamada “velocidade orbital” é, segundo a Fédération Aéronautique Internationale, de 100 km.

Tudo isto é também tema jurídico, uma vez que abaixo de um certo limite, o espaço aéreo pertence ao país dessa área terrestre. Contudo, acima dessa linha existe um espaço livre no qual os satélites deveriam poder voar livremente.

McDowell escolheu para a sua proposta a fronteira que marca os 80 km, logo abaixo da mesosfera. A fronteira entre a mesosfera inferior e a termosfera superior e o ponto mais frio da atmosfera da Terra. O astrofísico analisou mais de 90 milhões de pontos orbitais de 43 mil satélites, datados do ano de 1957. Todos os registos foram arquivados pelo Comando de Defesa Aérea da América do Norte.

A maioria dos satélites voou muito alto. No entanto, Jonathan identificou 50 que voaram abaixo dos 100 km e abaixo dos 80 km.

Vamos dizer [esses satélites estão] no espaço e depois não então no espaço a cada 2 horas? Isso não parece fazer muito sentido.

McDowell diz que esta questão não parece ter muito sentido.

O passo seguinte foi olhar para o ponto de altitude em que os satélites tendem a voltar à Terra. A partir daí, descobriu que, num intervalo entre 66 e 88 km, as forças aerodinâmicas mudam de dominantes para insignificantes.

A proposta deste astrofísico é suportada pelo cientista Alan Stern, do Southwest Research Institute, que caracterizou o argumento de McDowell como “convincente”. O CEO da Virgin Galactic, George Whitesides, afirmou ser um “caso sólido”.

 

Por Ana Sofia Neto para Pplware Kids

Arquivado na categoria: Curiosidades


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