Acordo de Paris insuficiente para travar Aquecimento Global
Estudos revelam que, mesmo que seja atingido o objetivo de manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC, como ficou definido no Acordo de Paris, mais de um quarto da superfície da Terra tornar-se-á, sem dúvida, mais seca.
Só valores até 1,5ºC conseguem reduzir o Aquecimento Global
Cientistas explicaram no primeiro dia deste ano, que com o aquecimento de 2ºC, que possivelmente pode ocorrer entre 2052 e 2070, entre 24% e 32% da superfície terrestre total tornar-se-á mais seca.
Se o aquecimento médio não passar os 1,5ºC, a meta mais baixa inserida como ideia no Acordo de Paris, os valores da superfície atingida podem diminuir para entre 8% e os 10%. Este foi um estudo publicado na revista científica Nature Climate Change.
Contudo, no decorrer dos estudos, tudo aponta para que esses valores não sejam alcançados, mostrando-se até acima dos 2ºC, valor máximo a que se comprometeram os estados. O nosso planeta caminha desta forma para um aumento global da temperatura na ordem dos 3ºC.
Seres vivos vão passar sérias dificuldades
No Acordo de Paris os vários estados comprometeram-se em manter o aumento da temperatura média global abaixo dos 2ºC, mas se esses valores não forem cumpridos são vários os ecossistemas que irão ser afetados.
A seca é uma ameaça real e importante, leva à degradação da terra e à desertificação. Desaparecimento de plantas e árvores, parte importante do ecossistema, que ajudam na absorção do dióxido de carbono libertado no efeito de estufa.
Afeta de forma significativa a vida de todos os animais e pessoas pois a seca leva a que aconteçam mais incêndios, perda de florestas, e consequentemente haverá pouca qualidade da água, que é essencial para regar os campos cultivados e para bebermos.
Seca severa em várias regiões do planeta
Se os 1, 5ºC forem alcançados, partes do planeta como, Europa, sul de África, América Central, zona costeira da Austrália e Sudeste da Ásia, poderão não correr um risco de aridez severa e desertificação. Esta área é ocupada por mais de um quinto da população mundial.
O cenário será bem mais negro se os valores atingidos forem de 2ºC, explicou Su-Jong Jeong investigador da Universidade de Ciência e Tecnologia em Shenzhen, na China, e coautor do estudo.
Em Portugal, algumas zonas poderão mesmo ficar semelhantes ao norte de África. E não é assim num futuro tão distante.
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