Excesso de medicação em crianças portuguesas é preocupante
As crianças com energia não são crianças hiperactivas e crianças que brincam durante as aulas não têm propriamente um défice de atenção. São apenas crianças.
Mas estas crianças são cada vez mais medicadas e as prescrições associadas a estas patologias são muito preocupantes em Portugal.
As crianças portuguesas estão a ser cada vez mais tratadas com antipsicóticos e outros medicamentos psiquiátricos habitualmente prescritos a adultos com doenças do foro mental, é a conclusão de uma investigação levada a cabo pelo DN.
Em 2014, foram vendidas 76 029 embalagens de Metilfenidato (ritalina), mais 30 mil do que em 2013. Este medicamento é um estimulante do sistema nervoso central que é um derivado das anfetaminas e tem sido prescrito a crianças a quem é diagnosticada hiperactividade e défice de atenção, com bastante frequência.
39% das prescrições surgem de hospitais privados e 37% de hospitais públicos e são feitas a crianças e adolescentes entre os 5 e os 19 anos.
Este crescente aumento das prescrições deste tipo de medicamento tem-se revelado bastante preocupante para alguns especialistas infantis que alertam para o perigo de, no futuro, termos crianças que “são como robôs medicados”.
Além do mais, os especialistas alertam que muitas destas crianças são medicadas de forma errada para o problema errado. Existem medicamentos recomendados para a esquizofrenia que está a ser prescrito a crianças autistas, por exemplo.
Narcótico de Classe II
Para que se perceba um pouco melhor quais efeitos deste tipo de medicação é importante referir que nos Estados Unidos a Ritalina tem a mesma classificação que a cocaína e que as metanfetaminas, como narcótico de Classe II (classificação atribuída pela Agência Anti-drogas dos EUA).
Esta classificação significa que é considerada uma substância perigosa e potencialmente causadora de grave dependência psicológica e física.
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