Níveis elevados de plástico encontrados no organismo dos jovens
Muitas vezes, é de forma inconsciente que nos prejudicamos. É o que está a acontecer com a quantidade de plástico que estamos a colocar dentro do nosso organismo. Sem saber. Mas os níveis mais altos foram encontrados nos jovens.
Mexemos constantemente em plástico, mesmo sem saber
Investigadores descobriram que a quantidade de plástico que estamos a ingerir é alarmante, principalmente nas camadas mais jovem. Garrafas de água de plástico que aquecem no carro, embalagens plásticas que indevidamente vão ao micro-ondas, e até os talões multibanco que mexemos constantemente, todos eles são prejudiciais para a saúde.
Todos esses e tantos outros objetos que são manuseados todos os dias, libertam partículas que são ingeridas diariamente sem que seja possível darmos por isso.
O Bisfenol A (BPA), é um composto químico ainda muito utilizado na composição de plásticos. Por vezes existem embalagens que comunicam que já não têm esse composto, mas a maioria não tem qualquer referência a essa questão.
Um estudo, elaborado pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, mostra que, de forma inconsciente, ingerimos plástico na nossa dieta normal. A pesquisa feita com 94 jovens com idades compreendidas entre os 17 e os 19 anos, mostra que 86% deles têm vestígios de BPA no seu organismo.
Os estudantes avaliados tiveram acesso ao estudo e analisaram se seria possível alterar os seus modos de vida de forma a que o plástico tivesse um menor impacto nas suas dietas diárias.
Bisfenol A, um composto químico ainda utilizado
Dificilmente seria possível controlar esse fator uma vez que o plástico se encontra de uma forma quase onipresente, não bastam os cuidados em reduzir a exposição das embalagens ao calor, ou o facto de escolherem embalagens que não tenham BPA pois isso não é evidente.
“Nossos alunos que seguiram a dieta livre de BPA relataram que seria difícil segui-la a longo prazo, já que o químico não é rotulado na embalagem. Eles tiveram dificuldade em identificar alimentos sem BPA”, declarou Tamara Galloway, coautora do estudo e professora de Ecotoxicologia da Universidade de Exeter.
O BPA é utilizado industrialmente desde a década de 1960 para fazer alguns tipos de plástico. É encontrado um pouco por toda a parte, garrafas, caixas de plástico, computadores, eletrodomésticos, brinquedos, entre outros.
O BPA, pode causar muitos problemas de saúde. Um estudo publicado pela agência Fapesp mostra que, mesmo em doses baixas, o bisfenol A pode desregular hormonas da tiroide, causar problemas no sistema reprodutivo, doenças cardíacas, diabetes, entre muitas outras.
Use o vidro para embalar, aquecer ou conservar
Mas a verdade é que este composto químico se encontra mesmo onde menos se espera, como em papeis termo sensíveis, muito utilizados atualmente, ou mesmo em toalhas de papel, contaminando-nos pelo contacto pela pele.
Alguns países, proibiram o BPA no fabrico de objetos como é o caso dos biberons, desde 2012, mas este material ainda é permitido, apenas tem um limite máximo de utilização.
A única forma de se prevenir em relação à ingestão deste material tóxico é ficar atento a símbolos de reciclagem 3 (PVC) e 7 (PC) existentes nas embalagens.
Aqueça os alimentos preferencialmente em recipientes de vidro, especialmente para bebés e crianças. Congelar comida em embalagens plásticas faz igualmente mal, pois o BPA liberta-se nas alterações de temperatura. Evite o consumo de alimentos e bebidas embaladas e imprima o mínimo possível de talões bancários.
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