Vulcão no Havai agora lança “blocos balísticos” que causam terramotos
Na passada quarta feira, o vulcão Kīlauea, no Havai, começou a provocar terremotos depois da ocorrência de explosões de “blocos balísticos”, pedras até três vezes maiores que bolas de bowling.
A cratera entrou em erupção há quase duas semanas, com mantos de lava a destruir dezenas de casas e obrigando centenas de pessoas a serem evacuadas.
Este vulcão está em forte atividade e tem expelido muita lava e uma nuvem de cinzas de mais de 3 mil metros. Esta nuvem pode mesmo ser vista da Estação Espacial Internacional. Por esse motivo, as autoridades alteraram já rotas para não causar problemas no tráfego aéreo. As cinzas são muito perigosas para os motores das aeronaves. Foi mesmo emitido um alerta vermelho aos pilotos para evitar a nuvem potencialmente danosa.
O que são “Blocos balísticos”
Estamos a falar nada mais nada menos que pedras que são disparadas como à velocidade de um projétil. São “balas” enormes, algumas tinham 60 centímetros e foram encontradas a centenas de metros da cratera, conforme informou o Observatório de Vulcões Havaianos do Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Tais “blocos balísticos” podem refletir o início da atividade explosiva a vapor.
Durante as explosões a vapor, blocos balísticos até 2 metros de diâmetro podem ser lançados em todas as direções a uma distância de 1 km ou mais. Esses blocos podem pesar de alguns quilos a várias toneladas. Pedras menores (do tamanho de pedrinhas) podem ser enviadas por vários quilómetros, principalmente na direção do vento.
Disse o comunicado do Serviço Geológico.
Terramotos serão mais frequentes
Outra consequência da forte atividade do vulcão são os terramotos de magnitude 4,4 que foram sentidos na maior ilha havaiana. O piso da caldeira do vulcão (a bacia onde a lava entra em erupção) está a “desinchar”, gerando tensão na sua base. Isso, por sua vez, promove tremores e novas fissuras no solo.
Por exemplo, surgiram já fissuras na estrada Highway 11, embora esta ainda esteja transitável.
Espera-se que os terramotos continuem e se tornem mais frequentes, mas, devido à sua pouca profundidade, serão mais danosos para a região vizinha ao vulcão.
Os havaianos não têm só de se preocupar com a lava, terramotos e projéteis. O grande problema é mesmo a poluição vulcânica do ar, que contém dióxido de enxofre e pode causar problemas respiratórios e irritação ocular; com as cinzas vulcânicas, que ameaçam a saúde humana e animal, a agricultura, a energia e o abastecimento de água; e com ligações de transporte interrompidas, uma vez que o Havai é um dos centros populacionais mais isolados do mundo e os voos para a ilha podem ser cancelados.
A natureza para os lados do Havai ainda se está a desenhar.
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