Tatuagens podem trazer perigos associados
A tatuagem é uma forma já muito antiga de “modificar” o corpo. Provas arqueológicas afirmam que no Egito, entre 4.000 e 2.000 A.C., já se faziam tatuagens.
Evolução à vista, embora não em todos os aspetos
É uma arte que fica permanente no corpo, que normalmente tem um significado, algo relacionado com gostos pessoais ou recordações.
Desde o seu aparecimento até aos dias de hoje, os desenhos e as técnicas de fazer tatuagens evoluiu muito. Infelizmente, em relação à evolução dos conhecimentos sobre o que as tintas podem fazer ao organismo humano ao serem aplicadas não houve grande evolução.
Um estudo, publicado na revista médica The Lancet, alertou para o facto das pessoas que querem fazer uma tatuagem não pensarem no que lhes está a ser “injetado”. Os ingredientes que compõem as tintas são desconhecidos e algumas vezes causam rejeição e reações adversas de vários tipos. Desconhecendo-se ainda o que podem fazer a longo prazo.
Infeções associadas
Desde úlceras que se formam no local que foi tatuado a infeções que afetam todo o organismo, várias são as formas do organismo reagir ao corpo estranho que acabou de absorver. Entre 1% a 5% das tatuagens feitas no dia de hoje vão resultar em infeções bacterianas.
Há alguns anos, um estudo efetuado na Alemanha, constatou que 67,5% das pessoas tatuadas acabaram por ter alguma complicação, e em 6% dos casos, o problema acabou por se tornar permanente. Contudo, apenas os casos mais graves foram vistos pelo médico, o que faz com que seja difícil uma avaliação mais precisa uma vez que as consequências continuam muitas vezes escondidas.
Apesar de tudo, já vão sendo conhecidos alguns aspetos que podem desencadear riscos para a saúde. Por exemplo, as tatuagens feitas com tintas coloridas podem causar mais problemas, especialmente a cor vermelha.
Razão das reações ainda desconhecida por falta de elementos
No entanto não são conhecidas as razões devido à ausência de testes de alergia confiáveis. Para além disso, as tintas e pigmentos utilizados anteriormente estão a ser substituídos por corantes dos quais muito pouco se conhece, o que tem aumentado os casos de reações adversas.
Se, até há alguns anos atrás, o problema maior tinha a ver com os riscos de infeções que poderiam surgir devido às condições apresentadas pelos locais onde se faziam as tatuagens, esse perigo foi minimizado pelas rígidas normas aplicadas a esses sítios. Mas a falta de regulamentação dos produtos usados, especialmente as tintas, traz novas preocupações.
Um estudo realizado, entre 2008 e 2013 por autoridades suíças, sobre as tintas usadas nas tatuagens, encontrou 39 tipos de corantes orgânicos diferentes, mas desses, nenhum tinha sido testado no sentido de estar em contacto com a pele humana.
Foram revelados nas tintas das tatuagens, metais pesados. Titânio, alumínio, cobre, cobalto, chumbo, foram alguns dos encontrados, entre outros. Outro estudo revelou ainda que, 20% das amostras de tinta estavam contaminadas com bactérias.
Infelizmente ainda existem muitas atitudes que tomamos que nos parecem inofensivas mas que, por vezes, podem trazer algumas preocupações mais tarde.
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