Investigador da Universidade de Coimbra vai desenhar um "mapa" do cérebro | Pplware Kids

Investigador da Universidade de Coimbra vai desenhar um “mapa” do cérebro

ContentMAP é o primeiro projeto português da área da psicologia a receber apoios do European Research Council (Conselho Europeu de Investigação – ERC).

Jorge Almeida, professor e investigador da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, vai receber uma starting grant no valor de 1,8 milhões de euros para desenhar um “mapa do cérebro”, de forma a tentar perceber como é que a organização da informação permite identificar de forma rápida e eficaz os elementos do dia-a-dia.

Imagem: Freepik - Investigador da Universidade de Coimbra vai desenhar um


O European Research Council, uma das mais prestigiadas entidades de financiamento de investigação científica da Europa, concedeu um apoio no valor de 1,8 milhões de euros ao projeto ContentMAP, liderado pelo professor e investigador Jorge Almeida, da FPCEUC.

O projeto ContentMAP tem como objetivo mapear a organização da informação do cérebro humano de forma a entender como é que conseguimos identificar de forma rápida e eficaz os objetos e elementos do dia-a-dia.

O que nós pretendemos é mostrar como o sistema funciona: como o nosso cérebro consegue de forma ultrarrápida e eficiente reconhecer objetos muito diferentes entre si (como um telemóvel, uma mesa ou uma cadeira…) e como essa informação toda está organizada. O que estamos a estudar e vamos mostrar é que esta informação não é organizada de forma aleatória, mas, sim, de uma forma muito específica e continua, em mapa, permitindo o seu uso pelo sistema cognitivo.

Refere o professor Jorge Almeida.

Professor Jorge Almeida da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra

Este mapeamento será feito com base nas reações de um grupo de indivíduos às imagens de objetos e ferramentas que lhe vão sendo apresentadas, com recurso a imagens por ressonância magnética funcional e técnicas de estimulação neuronal não-invasivas.

A equipa de investigação propõe-se a demonstrar que existe um mapeamento de informação, que segue uma topografia relacionada com as semelhanças entre as caraterísticas dos objetos, sendo esse mapeamento muito semelhante ao que já se conhece em sistemas muito mais sensoriais, como a visão e audição.

Neurónios que estão próximos de outros neurónios codificam aspetos semelhantes e, nas áreas em que está a ser codificada aquela informação, a representação destes diferentes aspetos vai mudando de forma sequencial e não de forma aleatória.

Modelos computacionais de reconhecimento de objetos e estudo de doenças neurológicas são apenas duas das áreas que poderão tirar partido desta investigação.

Vai permitir consolidar um laboratório de neurociência cognitiva, que é uma área que lá fora é tida como central, mas tem recebido muito pouco apoio em Portugal. O principal aspeto impulsionador deste financiamento do ERC é mostrar a importância e a vitalidade desta área, e mostrar que esta deve ser estimulada e apoiada pelas instâncias governamentais e universitárias em Portugal.

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Arquivado na categoria: Saúde


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