Pequim está a afundar 11 centímetros por ano!
É uma constatação assustadora, mas a capital da China está literalmente a afundar. A extracção excessiva de água dos lençóis subterrâneos está a provocar a compactação e o abatimento do terreno.
A situação mais grave localiza-se na região de Chaoyand que está a afundar 11 centímetros por ano.
Além da poluição atmosférica extrema, a capital chinesa, depara-se com outro grande e talvez mais grave problema. Um relatório publicado na revista científica Remote Sensing, dá conta que mais 20 milhões de habitantes da cidade poderão estar em risco por culpa do fenómeno de abatimento do terreno urbano que se tem vindo a agravar, devido à excessiva extracção de água do subsolo.
Aliada a esta extracção excessiva de água está a construção de grandes edifícios que fazem peso a mais no solo. É de salientar, que a zona mais afectada por este fenómeno se situa na região de Chaoyand, considerada o bairro financeiro da capital, que está a afundar 11 centímetros por cada ano que passa.
Para o estudo foram analisados dados de um sistema de radar, o InSAR, que utiliza imagens de satélite para avaliar os níveis de deformação da superfície terrestre e monitorizar terramotos, deslizamentos de terra ou outras possíveis catástrofes naturais.
Segundo os investigadores, a capital chinesa encontra-se situada numa planície seca com um lençol de água que demorou milénios a ser acumulado. Eles explicam que, à medida que a água é bombeada, o lençol diminui e o solo comprime-se, o que provoca a diminuição do seu volume.
Como se fosse uma esponja seca…
Segundo o El Mundo, este fenómeno foi documentado pela primeira vez em 1935 e os estudos que se seguiram associam-no sempre à extracção excessiva da água do subsolo. Em 2015, um dos estudos chegou mesmo a recomendar que, para evitar possíveis impactos dramáticos – como descarrilamentos de comboios – fosse proibida a construção de poços de água nas proximidades das linhas de caminho de ferro.
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