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Landing.jobs – o que têm a dizer sobre o futuro?

A Landing.jobs é uma empresa portuguesa, sediada em Lisboa, que acredita que o recrutamento na área da tecnologia está desatualizado, obsoleto, partido. O seu objetivo é conectar os melhores profissionais, recompensando-os e aos seus amigos, ajudando cada um a encontrar as melhores oportunidades para si.

Como uma empresa que tem em vista o futuro na área da tecnologia, entrevistámos Pedro Carmo Oliveira, fundador da Landing.jobs, de forma a nos dizer algo mais sobre o futuro da tecnologia e sobre a empresa.

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Como co-fundador do Landing.jobs, quais são as áreas que têm tido uma maior procura?

As áreas que têm tido maior procura são: experiência de utilizador (UX), design para web, programadores full-stack, devOps (ou administradores de sistemas) e programadores para tecnologias móveis.

Quais são as áreas que, no futuro, terão uma melhor oferta de emprego? Porquê?

Prevejo que áreas como ciência de dados e engenharia de software & hardware venham a ter bastante procura.

Espero um dia viver num mundo imerso em tecnologia em que não preciso de trazer comigo um iPhone, pois todos os objetos à nossa volta serão capazes de interagir com pessoas.

Um mundo assim irá gerar muita informação para ser tratada, estudada e usada por cientistas de dados e será preciso muita mão-de-obra qualificada para transformar objectos do dia-a-dia em sistemas de automação inteligentes, tanto do ponto de vista de software como de hardware.

Relacionado com a tecnologia temos a Matemática, Desenvolvimento de Software, Eletrónica, Design, etc. É importante que haja mais pessoas nestas áreas?

Reafirmando a minha resposta anterior, sim e cada vez mais. Até noutras áreas como design de equipamentos, aerodinâmica, engenharia biológica…

Também é importante que os profissionais destas diferentes áreas saibam comunicar entre si e que, por exemplo, as universidades fomentem esta colaboração.

Um exemplo que gosto muito é a recente colaboração entre o IST e a Faculdade de Belas Artes através da HackerSchool. Assisti a projectos muito interessantes com equipas bastante transversais: design, electrónica, mecânica e informática.

Cada vez mais temos sistemas inteligentes, capazes de nos ajudar nas mais diversas situações. O que pensa do futuro da Inteligência Artificial?

Acho que o futuro da IA passa, inevitavelmente, por mudar para sempre várias indústrias, começando pela indústria automóvel. Um ser humano perde imensas horas durante a sua vida a conduzir carros, muitas vezes em filas de trânsito, e a inteligência artificial na indústria automóvel poderá reduzir tráfego, acidentes e aumentar a qualidade de vida dos passageiros.

Já existem algumas indústrias estão a ser fortemente afetadas: robótica, militar e saúde.

Apesar de tudo, há também algumas preocupações a ter com a IA, tal como referiu recentemente Elon Musk, fundador da Tesla Motors e da SpaceX (e um dos meus ídolos), que tem vindo a alertar para algumas delas. A Inteligência Artificial é algo positivo? Sim, mas é preciso fazer as coisas com pés e cabeça.

Será a Internet das Coisas uma revolução fulcral?

Claro, e até temos uma startup, cliente da Landing.jobs, que é um exemplo flagrante: a Muzzley.

Também tem sido desenvolvido um excelente trabalho de investigação por parte do Prof. Paulo Carreira, do IST, neste campo.

Mais uma questão e, desta vez, relacionada com a educação: considera que o nosso país tem problemas no sistema de educação? Se sim, quais?

Sim. Temos vários pontos que podemos e devemos melhorar.

Acho que o ensino da programação deve começar logo desde pequeninos (4 ou 5 anos?). Um excelente exemplo disso é o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Academia de Código.

Também penso que deve haver uma mudança de atitude por parte dos pais: menos Cristiano Ronaldismo e mais Elon Muskismo. Mas atenção, os “Elon Musks da vida” também podem ser bons a jogar futebol e apreciar este ou outros desportos.

Sei que é difícil, mas é importante que seja desmistificada, de uma vez por todas, a questão da matemática – esse colosso do ensino – que tantos alunos odeiam. Caros alunos e pais, a matemática é como um desporto para o cérebro, pois também necessita de exercício, como um músculo 🙂

Outro ponto importante é a aproximação do ensino básico e superior ao mundo real. Uma queixa comum dos empregadores é que os alunos, p.ex. de engenharia informática, saem da faculdade sem ter 500 horas de programação real. Este foi um dos pontos realçados por Joel Spolsky, fundador do Stackoverflow e Trello, quando visitou Portugal em 2013.


Agradecemos, desde já, a Pedro Oliveira pela disponibilidade em responder às nossas questões. Desta pequena entrevista, podemos concluir que existem muitas áreas que devem ser desenvolvidas e que, tal como mencionado acima, os jovens devem, cada vez mais, treinar o seu cérebro, desligando-se um pouco mais do futebol e afins.

O que tens tu a dizer sobre isto? Concordas, discordas? Porquê? 


Homepage: Landing.jobs | HackerSchool | Academia de Código

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4 Comentários

  1. excelente entrevista

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