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Esteja sempre um passo à frente do seu filho

Artigo para os pais e educadores.

As famílias estão cada vez mais tecnológicas. A tendência assim o dita e há um conjunto de tecnologia que é comum existir em todas as casas: são televisões modernas, computadores, consolas de jogos, tablets, smartphones, etc.

Esse conjunto de tecnologia é de extrema utilidade para os adultos, quer para trabalho ou lazer, mas são também bastante apetecíveis pelos mais pequenos. Eles começam a perceber o que podem fazer nesses dispositivos, essencialmente nos equipamentos móveis, começam a integrar-se com extrema facilidade até que chegam ao ponto de os usar autonomamente e por vezes fora do alcance visual dos pais! E isso será bom?!

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É claro que é bom, desde que seja de forma controlada, quer a nível de conteúdos utilizados quer na duração de utilização.

Há regras que são praticamente do senso comum, desde sempre:

  • Fazer os trabalhos de casa antes de qualquer brincadeira;
  • Ter mecanismos de controlo parental no computador;
  • Definir um máximo de tempo (3~4 horas semanais) para os videojogos.

Ficam sempre regras por acrescentar, dependendo dos hábitos e disponibilidade de equipamentos em cada lar mas, desde que os dispositivos móveis se massificaram, já não é possível controlar as crianças da mesma forma! Verdade?

A transição para o “mundo móvel” ocorreu de forma tão rápida que quase não houve consciência do seu impacto nos hábitos das crianças lá em casa, onde agora passam, bastante mais frequentemente, a utilizar os dispositivos móveis de forma desmedida, mesmo que a atividade seja educativa.

O controlo parental nos dispositivos móveis é mais deficiente. O iOS (para iPhone e iPad) e o Windows Phone preveem nativamente a possibilidade de ativar algumas restrições de utilização de aplicações ou serviços. Já no Android, o sistema operativo móvel que equipa a maioria dos dispositivos, apenas o é possível fazer com recurso a aplicações de terceiros, que também são bastante boas mas exigem que sejam instaladas e configuradas (brevemente falarei disto em pormenor).

 

Como evitar este tipo de comportamento?

A receita é antiga: educar, ensinar a forma correta de agir e as boas decisões a tomar.

Na verdade, é mais fácil escrever estas palavras do que as fazer valer, as crianças de hoje em dia não “vergam” de qualquer maneira, mas tudo depende se o método adotado é ou não o correto.

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O caminho passa por adotar algumas das seguintes práticas:

  • As crianças são expostas, cada vez mais novas, ao mesmo tipo de tecnologia dos adultos e há que preparar os dispositivos para isso. “Não há tempo para deixar para amanhã” e é sempre o momento certo de preparar as aplicações didáticas e os conteúdos de entretenimento infantil, minuciosamente, para cada estágio de desenvolvimento da criança;
  • Seja qual for a idade, configure devidamente os filtros de proteção e controlo parental de todos os dispositivos a que a criança possa ter acesso;
  • Sempre que a criança tiver acesso a um dispositivo tecnológico, faça-a entender que tal dispositivo não pertence a ela mas sim a si (ou a outra pessoa, se for o caso). Dê-lhe a entender que custou dinheiro e tem de ser preservado;
  • Restrinja a utilização do computador e dispositivos móveis a uma área comum da casa, tipicamente a sala. Assim poderá saber quando e como estão a ser utilizados.
  • Demonstre que, no início da “negociação”, confia plenamente na criança e dê-lhe a entender que essa confiança irá baixar caso sejam quebradas as regras definidas. Explique-lhe ainda que, se tal acontecer, será necessário muito tempo para que possa voltar a confiar nela como antes;
  • Se a criança já tiver mais de 13 anos e insistir para criar uma conta no Facebook, faça-o mas utilize um email seu (se for necessário, crie um só para isso e reencaminhe tudo para o seu). Dessa forma conseguirá estabelecer as regras em relação aos conteúdos a que acede e às amizades que cria;
  • Se notar alguma alteração no comportamento da criança, não espere e descubra o que se passa. Lembre-se que são os pais quem melhor conhece os seus filhos;
  • Facilite-lhe, de forma razoável, o acesso à tecnologia para que seja mantida a relação com os amigos (é essa a tendência) e para ajudar nos trabalhos de casa;
  • Deixe que a criança partilhe consigo os seus interesses, os jogos favoritos e colabore nas dificuldades. Seja paciente para a ouvir.

Todos estes conselhos são interessantes mas… servirão também para adultos?! Eu diria que, em parte, sim. Mas que tem um adulto a ver com estes conselhos??

Simples: na educação de uma criança, o exemplo parte sempre dos pais e se estiver constantemente agarrado ao smartphone ou tablet, então pode estar a incutir implicitamente a vontade da criança para utilizar tais dispositivos.

Já utiliza este tipo de práticas com o seu filho? Se utiliza outras, partilhe-as nos comentários.

Arquivado na categoria: Educação, Pais e Professores


4 Comentários

  1. Antes de mais gostaria de felicitar os mentores deste projecto que está divinal!

    Em relação ao artigo, eu não sou pai e penso que não o serei até daqui a uns anos (tenho 18 anos), mas já tenho uma opinião formulada.

    Concordo com todos os pontos referidos para reforçar a seguranças das crianças na Internet mas gostaria de acrescentar um ponto que para mim é também essencial.

    A conversa entre pais e filhos sobre o que é a Internet e o que esta contem é para mim muito importante. Não basta apenas restringir certo tipo de conteúdos sem que os mais pequenos dêem conta, acho que é também fulcral conversar com os jovens acima dos 11-12 anos sobre o porquê de tal coisa ter sido feita, de forma a que estes não se sintam compelidos a descobrir o conteúdo que foi restringido de outra maneira, que por vezes pode ser menos segura. Um jovem informado está (quase) sempre preparado para evitar possíveis situações perigosas na web!

    Espero que o que disse tenha feito algum sentido 🙂

    Francisco

  2. Olá
    Concordo com o que o diz o Francisco. Para quê restringir sites em casa se fora dela as crianças têm acesso a tudo e mais alguma coisa?
    Mais vale ter uma boa conversa com as crianças (acima dos 10 anos) e explicar que há X, Y e Z sites que não se devem ver, por A, B e C e tenho a certeza que resultará muito melhor do que simplesmente bloquear sem a criança perceber o motivo.

    Comigo sempre funcionou tudo na base da conversa. Nunca tive acesso nenhum bloqueado e também nunca me meti em aventuras. Acho que temos de chamar as coisas pelos nomes e explicar os perigos da Internet às crianças o mais cedo possível.

    Cumprimentos

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