Fóssil estranho encontrado na Mongólia
Foi descoberto recentemente um fóssil muito estranho, que se assemelha a um pato. Do tamanho de um peru, este dinossauro foi desenterrado por caçadores, depois de milhões de anos “escondido” na rocha.
Com características semelhantes a Velociraptor
Esta estranha criatura, que deixou incrédulos alguns paleontólogos, viveu há mais de 70 milhões de anos atrás. Vagueou por antigas zonas húmidas da Terra e caçou como um pato.
Com base no esqueleto encontrado, quase completo, este dinossauro é um Halszkaraptor escuilliei, um terópode anfíbio que viver onde é a atual Mongólia, durante a última parte do período Cretáceo. Na altura existiam aí lagos, rios com muito alimento e paisagens arenosas.
Não deixou dúvidas de se tratar de um dinossauro relacionado com o Velociraptor, dinossauro terópode que viveu aproximadamente a 75 a 71 milhões de anos atrás, também durante a última parte do período Cretáceo.
O fóssil era tão completo, lindamente preservado, e ao mesmo tempo tão enigmático e bizarro, com uma mistura completamente inesperada de características estranhas. Foi o desafio mais emocionante para um paleontologista!
diz Andrea Cau , paleontóloga da Universidade de Bolonha e coautora do estudo.
Os restos fossilizados estariam a ser traficados
Na Mongólia foram descobertos mais de 5% de todas as espécies conhecidas de dinossauro, e o país há muito tempo proibiu as exportações de fósseis.
Mas essa lei tem sido difícil de impor, em parte devido ao tamanho da Mongólia e aos seus sites de escavação remota. Durante décadas, os caçadores furtivos desta zona, mantiveram um mercado de colecionadores, muitas vezes arruinando e atrasando os achados feitos pelos paleontólogos.
Este estranho dinossauro estava a seguir o mesmo caminho, uma vez que os seus restos fossilizados estariam a ser traficados. Mas, alguns comerciantes fósseis escrupulosos, como François Escuillié, estão a tratar para levar o fóssil de volta.
Escuillié descobriu que um novo fóssil da Mongólia, com uma cabeça de pássaro e um pescoço longo de ganso, estava no mercado. Conseguiu sinaliza-lo e enviou o seu paradeiro para Pascal Godefroit, um paleontologista do Royal Belgian Institute of Natural Sciences.
Por enquanto, o fóssil encontra-se na Bélgica a ser estudado. Mas assim que os pesquisadores terminarem o seu estudo, ele será retornado para a Mongólia.
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