Animal de companhia pode passar a acompanhar o dono ao café
Na passada sexta-feira, esteve a ser discutida em Assembleia da República uma nova lei. Os animais de companhia, que até então não podem entrar em estabelecimentos fechados de restauração, passem a poder frequentar, juntamente com os seus donos, estes espaços.
Animais de companhia passam a poder acompanhar donos ao café ou restaurante
Os animais de estimação deixaram de ser vistos como “coisas”. Em maio deste ano, passaram a ter um estatuto jurídico e proteção legal. Agora, uma nova alteração pode surgir, no que lhes diz respeito, podendo passar a entrar em estabelecimentos como cafés e restaurantes.
Em 2015, saiu uma lei que proibia a entrada de animais em estabelecimentos de restauração. Essa lei era clara e mesmo que o dono do café ou restaurante não se opusesse, não era permitido. Os únicos animais autorizados a entrar eram os cães guia.
O projeto de lei, apresentado pelo PAN (Pessoas–Animais–Natureza), o partido político português que se intitula como defensor dos direitos das pessoas, dos animais e da natureza, defende a entrada de animais em espaços de restauração na zona pública. Salvaguardando os espaços reservados à confeção dos alimentos e afins.
Outros países da Europa já adotaram essa lei
Ao que parece esta é uma prática comum já utilizada em vários países da Europa. França, Alemanha, Itália, Suíça, Holanda, são alguns dos países que adotaram essa lei e, em alguns destes países, o estranho mesmo passou a ser ver alguém a entrar num restaurante ou café e deixar o seu fiel amigo à porta.
André Silva, porta-voz do partido PAN, é da opinião que deve ser deixado ao critério do dono do estabelecimento comercial se deve ou não permitir a entrada de animais de companhia no seu restaurante ou café.
Para já, os partidos que se manifestaram, embora estejam em concordância com a frequência do animal nos estabelecimentos de restauração, têm várias alternativas. Enquanto que BE aposta na criação de uma área específica para os animais, o PEV quer que a entrada seja permitida desde que o animal não cause transtorno para os outros clientes. O PSD também não ficou indiferente ao tema, sendo que, para o Partido Social Democrata, a melhor opção é a do PEV.
As opiniões de clientes vão divergir. Existem pessoas que tratam os seus animais como sendo um membro da família, enquanto que outras pessoas não vão aceitar “partilhar” um espaço de restauração com animais, ainda que animais educados.
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