Café pode ser um aliado no tratamento de doenças da retina | Pplware Kids

Café pode ser um aliado no tratamento de doenças da retina

Um estudo feito pela Universidade de Coimbra em parceria com a Universidade de Bona, na Alemanha, demonstrou que o consumo moderado de cafeína pode ser benéfico no que diz respeito às doenças relacionadas com o olho, mais propriamente às da retina.



De forma moderada o café pode ajudar

Muitos são os estudos conhecidos acerca do café e dos seus benefícios para a saúde. Desde diabetes, a doenças cardíacas, passando pela falta de concentração em crianças com défice de atenção, várias são as doenças que descobriram no café um aliado que mostra resultados.

A investigação feita em parceria por estas duas universidades, veio agora provar que o consumo de cafeína, de forma moderada, 2 a 3 cafés por dia, ajuda à proteção das células da retina.

Esta investigação inicia um caminho ainda em desenvolvimento sobre novas formas terapêuticas no tratamento de doenças na visão que estão associadas a episódios isquémicos, como é o caso da retinopatia diabética e do glaucoma.

Cobaias reagiram como era esperado

O estudo, liderado por Ana Raquel Santiago, investigadora no laboratório Retinal Dysfunction and Neuroinflammation da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, foi feito em ratos de laboratório e desenvolvido em duas fases.

Numa primeira fase, os animais foram sujeitos ao consumo de cafeína durante duas semanas, ininterruptamente. De seguida foram sujeitos a um período transitório de isquemia ocular e, após terem recuperado, voltaram a beber cafeína.

Após avaliação confirmou-se que a cafeína consegue controlar a reatividade das células da microglia da forma a proteger a retina. Este estudo foi feito a par com outros ratos que, em vez de cafeína consumiram água, e não mostraram qualquer alteração.

Ficou comprovado que, nas primeiras 24 horas, a cafeína conseguiu, de forma preventiva, evitar a doença e, em seguida, conseguiu proteger e parar a sua progressão.

Portas abertas

Na segunda fase, foi feito o estudo da istradefilina, um fármaco com potencialidades de bloquear a ação dos recetores A2A de adenosina, também avaliada noutras situações de doenças neurodegenerativas.

“Os recetpores A2A de adenosina podem vir a ser um alvo interessante para travar a perda de visão causada por doenças como o glaucoma ou a retinopatia diabética, duas das principais causas de cegueira a nível mundial.

 

Neste grupo de experiências, observou-se que a administração de istradefilina diminui a reatividade das células da microglia, atenuando o ambiente pró-inflamatório e o dano causado pela isquemia transiente

referiu Ana Raquel Santiago

Após este estudo ficam assim abertas as portas para a descoberta de novos fármacos que possam chegar a um tema que até agora não tinha solução à vista. Atualmente estas doenças não têm cura nem tratamentos eficazes que tragam bons resultados.

Arquivado na categoria: Saúde


Deixar uma resposta


Aviso: Todo e qualquer texto publicado na internet através deste sistema não reflete, necessariamente, a opinião deste site ou do(s) seu(s) autor(es). Os comentários publicados através deste sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. O autor deste site reserva-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou inseridos no sistema sem a devida identificação do seu autor (nome completo e endereço válido de email) também poderão ser excluídos.



×