Sincronizar ondas cerebrais entre pais e bebé é possível | Pplware Kids

Sincronizar ondas cerebrais entre pais e bebé é possível

Comunicar com um bebé não é tarefa fácil. Até que comece a falar, a forma mais usada para se expressar é chorar e decifrar os vários tipos de choro é um desafio para os pais. Mas já nessa fase existe comunicação entre eles.



Atividade cerebral entre pais e bebé

Uma pesquisa efetuada pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostra que, através da sincronização das ondas cerebrais, ao existir contacto visual entre o adulto e a criança, é possível melhorar a comunicação entre eles e até, acelerar a aprendizagem.

A comunicação entre pais e bebé é uma fase muito importante. Embora possa parecer que o bebé não entende nada do que os pais lhe dizem, a verdade é que durante esse tempo está a haver interação entre eles.

O olhar, as emoções e os batimentos cardíacos são comportamentos que se sincronizam no decorrer dessa interação. Quando os pais falam para o bebé este fica extremamente atento e parece até que também quer falar.

Investigadores da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura e da Universidade de East London, no Reino Unido, fizeram uma pesquisa mais aprofundada sobre a sincronização das ondas cerebrais na interação de pais e bebé.

Ondas cerebrais em sintonia

A atividade cerebral entre adultos já foi estudada, e esses estudos demonstraram que, quando dois adultos estão a conversar, a comunicação entre eles é mais eficaz se as suas ondas cerebrais estiverem em sintonia.

As ondas cerebrais refletem a atividade de diversos grupos de milhões de neurónios que estão envolvidos na transferência de informações entre as várias regiões do cérebro.

Neste novo estudo, os investigadores realizaram um teste com a finalidade de descobrir se os bebés conseguem sincronizar as suas ondas cerebrais com as dos adultos. E de que forma o contacto visual pode ou não influenciar essa sincronização.

Os padrões de ondas cerebrais de 36 crianças foram examinados, 17 numa primeira fase e as restantes 19 numa segunda. Para isso foi usada a eletroencefalografia. O estudo foi feito com o adulto a cantar canções infantis para o bebé.

Estudo comprovado

Na primeira fase, os adultos cantaram para os bebés, mas não ao vivo (o padrão das ondas cerebrais dos adultos foi gravado). Através de um vídeo, a criança estabeleceu contacto visual com a imagem, mas nem sempre. Por vezes o adulto desviava o olhar.

Tal como previsto, neste registo, ficou provado que as ondas cerebrais dos bebés estavam mais sincronizadas com as do adulto quando o olhar dos dois se encontrava.

Na segunda fase, o adulto cantou presencialmente para o bebé, olhando diretamente para ele, mesmo que, evitando por vezes o olhar. Desta vez as ondas cerebrais de ambos foram monitorizadas ao vivo de forma a entender-se se os padrões eram influenciados pelo olhar um do outro.

Aqui, tanto o bebé como o adulto, ficaram mais sincronizados com a atividade cerebral um do outro, quando foi estabelecido contacto visual mútuo. Isso aconteceu mesmo quando os adultos, embora tendo oportunidade de estabelecer contacto visual com os bebés, não o fizessem. Os bebés mostraram interesse pelo adulto mesmo quando o adulto evitava o olhar.

No final ficou concluído que a sincronização de ondas cerebrais não se deve apenas ao contacto visual, mas que o facto, de estar presente, da intenção compartilhada de comunicar é um fator de enorme peso.

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