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Segundo a ciência, quanto tempo demora até se quebrar um hábito?

Desde a escovagem diária até ao café das 11 da manhã, muitos são os hábitos que percorrem o nosso dia a dia e dão consistência à nossa rotina diária. Alguns deles, como ir correr ao fim da tarde, são ótimos para o ser humano. Outros, como consumir tabaco de forma exagerada, ou comer fastfood frequentemente, nem tanto.

Afinal, quanto tempo demora até que um hábito deixe de o ser?


Muitas vezes, consideramos os nossos hábitos como úteis ou prejudiciais e, por isso, tendemos a moldá-los. A lista de aplicações que auxiliam à formação de hábitos é vasta.

Segundo muitas dessas listas, o tempo necessário corresponde a 21 dias. Este número teve origem no ano de 1960, quando um cirurgião plástico, Maxwell Maltz, se apercebeu que os seus pacientes demoravam cerca de 21 dias para se habituar aos seus novos rostos. Este número ficou marcado num livro, publicado por ele, intitulado Psycho-Cybernetics.

No entanto, um estudo de 2009 vem questionar a clareza do tempo indicado. Investigadores da University College London examinaram os novos hábitos de 96 pessoas num espaço de 12 semanas. Daí descobriram que o tempo médio para a adaptação a um novo hábito é de 66 dias.

Além disso, os tempos de cada pessoa variaram de 18 a 254 dias. Isto pressupõe que para desenvolver um novo comportamento são necessários dois meses. Portanto, não deve suscitar preocupação não interiorizar um hábito em três semanas, porque, para algumas pessoas, esse tempo não é suficiente.

Os processos de adquirir e o de perder um hábito podem estar intimamente ligados. Timothy Pychyl explica a Alison Nastasi, no Hopes and Fears, que existem dois lados da mesma moeda.

Quebrar um hábito significa realmente estabelecer um novo hábito, uma nova resposta. O velho hábito, ou o padrão de resposta, ainda lá está, mas é menos dominante.

O neurocientista Elliot Berkman defende que é “muito mais fácil começar a fazer algo novo do que parar de fazer algo que já é habitual sem arranjar um comportamento de substituição”. Refere que “essa é uma das razões pelas quais os aparelhos para parar de fumar tendem a ser mais eficazes que o adesivo de nicotina”.

É unânime entre os especialistas que o tempo necessário para quebrar um hábito varia consoante a personalidade, motivação, circunstâncias e o próprio hábito. Berkman acredita que as pessoas que estão a alterar um hábito por vontade própria têm mais facilidade em largá-lo, do que uma pessoa que esteja a fazê-lo por razões externas, como a pressão de outrem.

Segundo a professora de psicologia Susan Whitbourne, há uma forma de um hábito ser quebrado rapidamente. Quando uma pessoa se torna doente ao inalar fumo de cigarro, vai temer e deixar de fumar, ou quando uma pessoa é quase atropelada por estar a enviar mensagens enquanto anda na estrada, vai instantaneamente perder esse hábito.

Posto isto, um hábito só é completamente deixado para trás após dois meses e é necessário ter em mente a motivação que leva à quebra dele. Pensar num comportamento que possa substituir o que queremos eliminar pode constituir uma boa técnica. O segredo é, portanto, ser paciente e firme.

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Por Ana Sofia Neto para Pplware Kids

Arquivado na categoria: Curiosidades


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