Sabia que também existem plantas albinas?
A clorofila é uma parte vital para a sobrevivência das plantas. Para além de responsável pela cor verde das folhas, é essencial para a fotossíntese. Mas, será possível uma planta sobreviver sem clorofila?
Plantas albinas conseguem sobreviver
Tal como na natureza humana também existem plantas albinas. Isso quer dizer que estas têm de viver sem uma função vital para a sua sobrevivência, a clorofila.
A clorofila é a designação que se dá a um grupo de pigmentos fotossintéticos presente nos cloroplastos das plantas. No processo da fotossíntese a energia absorvida pela clorofila transforma dióxido de carbono e água em carboidratos e oxigénio.
No Henry Cowell State Park, na Califórnia, há uma floresta com mais de 160 mil metros quadrados que dá guarita muitas sequoias-vermelhas (Sequoia Sempervirens). Esta espécie de sequoia é das árvores mais altas do mundo, podendo chegar a ter mais de cem metros.
Mas, entre as árvores deste parque, existem umas que possuem folhas totalmente brancas, sendo conhecidas como “árvores-fantasma” ou “sequoias albinas”.
Explicação pode estar na entre ajuda
O biólogo Zane Moore conhece todas essas árvores, e desde o momento que as conheceu, vive fascinado com o facto de conseguirem sobreviver sem clorofila, no meio de tantas árvores “saudáveis”.
Com base em factos conhecidos sobre sequoias, já antes de Moore, outros cientistas procuraram uma explicação para tal acontecimento.
As sequoias são árvores que conseguem criar uma ligação entre elas através das raízes. Essa ligação faz com que se consigam manter vivas em períodos de escassez de recursos, o que acontece por exemplo no inverno.
Inicialmente foi esta a explicação encontrada para este grupo de “sequoias albinas” continuar a sobreviver. Mas a verdade é que, passados os tempos difíceis, é altura de as sequoias ajudadas retribuírem, contribuindo com recursos para a rede, se não o fizerem o grupo elimina-as.
Livram as suas cuidadoras das toxinas
Mas, neste caso, as árvores albinas têm pouco para oferecer em troca. O motivo mais provável encontrado pelo biólogo, foi descoberto após uma análise de toxicidade que fez as estas árvores.
As folhas brancas possuíam altos níveis de cádmio, cobre e níquel, valores que seriam mortais para plantas comuns. Essa análise leva a crer que essas árvores servem de depósito de impurezas da floresta. Elas recebem energia pela rede das raízes e, em troca, acumulam as impurezas, deixando as companheiras livres de elementos tóxicos.
Ao que parece as plantas também sabem negociar, oferecendo o que podem para ter o que precisam.
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