E se este artigo fosse escrito por um robô? Lia-o na mesma? | Pplware Kids

E se este artigo fosse escrito por um robô? Lia-o na mesma?

Já pensou se as notícias que lê fossem escritas por robôs. Para si seria a mesma coisa? O jornalismo robô está a chegar, e bem mais rápido do que imaginamos.



Inteligência Artificial a ganhar terreno também no jornalismo

A Inteligência Artificial foi chegando de mansinho e está a integrar-se na vida humana. Tarefas que até então só poderiam ser feitas por humanos estão a ser alcançadas também pela inteligência artificial.

Um grupo de jornalistas e engenheiros de software, “escondidos” na sede da Press Association (PA), em Londres, estão a trabalhar num sistema informático que conseguirá fazer o trabalho de vários seres humanos.

A partir das tendências de dados locais, desde estatísticas de crime até aos bebés que nasceram fora do casamento, foi possível a criação de histórias coerentes, através desse sistema informático.

Como forma de ver como reage o mundo do jornalismo, a PA enviou por e-mail algumas das histórias assim formadas, apenas alguns parágrafos, para os jornais locais que poderiam estar interessados em utilizar esse material.

Haverá diferença na escrita?

Por vezes, ao material enviado, os jornalistas humanos acrescentam algo à cópia do algoritmo ou reescrevem-na, mas, na maioria das vezes foi publicado literalmente como seguiu. Histórias automatizadas sobre o tabagismo durante a gravidez ou as taxas de reciclagem, são alguns dos exemplos encontrados.

Segundo Peter Clifton, editor-chefe da PA, esta automação pode ajudar o trabalho dos jornalistas, não vendo esta inovação como forma de prejudicar ou tirar o lugar aos mesmos.

Este “jornalismo robô” está a tornar-se cada vez mais popular nas salas de redação pelo mundo, uma vez que os editores lutam para fazer frente à diminuição das circulações dos jornais e à mudança da publicidade online.

Profissão de jornalista em risco?

Uma pesquisa feita pelo Instituto Reuters de Jornalismo da Universidade de Oxford, concluiu que muitos editores estão usando a automação para divulgar dados interessantes rapidamente, como por exemplo os resultados de eleições.

Outra forma de usar o algoritmo foi encontrada por uma agência na Holanda que aproveitou para reescrever histórias numa forma mais simples, tendo as crianças como publico alvo.

Clifton conta distribuir 30 mil das suas histórias, todos os meses, até ao final do mês de abril, através do projeto Radar. Em parceria com a Urbs Media e com financiamento de uma doação de 706.000€ do Google.

Que impacto terá esta alteração no mundo jornalístico? O leitor notará a diferença, se foi a máquina ou um jornalista de carne e osso, quem escreveu a notícia? E os jornalistas não terão de se preocupar com os seus empregos?

Arquivado na categoria: Curiosidades


Deixar uma resposta


Aviso: Todo e qualquer texto publicado na internet através deste sistema não reflete, necessariamente, a opinião deste site ou do(s) seu(s) autor(es). Os comentários publicados através deste sistema são de exclusiva e integral responsabilidade e autoria dos leitores que dele fizerem uso. O autor deste site reserva-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros. Textos de caráter promocional ou inseridos no sistema sem a devida identificação do seu autor (nome completo e endereço válido de email) também poderão ser excluídos.



×